terça-feira, 29 de março de 2011

Nem sempre o final vai ser feliz, como o filme diz...

Ando indo na contra mão mas já consigo deixar de lado alguns dos meus capítulos tristes.
É claro que eu não voltaria a me reerguer tão rápido assim... Mas eu torço por aquele olhar sincero de alguém só falava coisas bonitas e que não soube ir embora sem deixar um vazio. Mas, há pessoas que já são acostumadas e eu, sou uma dessas há algum tempo já. E poderia então denominar isto sorte dentre tantos acontecimentos recentes que me fazem acelerar dolorido o coração?
As teclas que formam a palavra saudade já estão bem visivelmente mais gastas. Eu sou algo muito escuro por dentro todas as vezes que por obrigação da solidão tenho que me fechar. Mas e quem disse que sempre tenho opções? Já mandei encomendar mais daquele remédio chamado calma, e que melhora os estado emocional à espera do tempo.
Mas, espero que pelo menos tenha guardado as flores que demorei horas para escolher- imaginando qual seria a expressão que aparecia naquele rosto que já me era tão familiar.
E eu ando bem, só não ouço mais os gritos, os passos nem os sussurros dessa história que se passou deixando marcado uma época completamente bipolar.
E se ainda posso sonhar, então não me tiraram o tudo de pouco que já tinha.
Já sou feita de lembranças, e por enquanto só.

O que a música me dizia, eu há tempos já sabia: Nem sempre o final vai ser feliz, como o filme diz.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Em fim, de bem. Amém.


Talvez tenha perdido a vontade de estar presente em todos os sonhos e fechado os braços pra todos os abraços que de longe correm ao meu encontro. Por um tempo eu precisava estabelecer duas simples regras: Não confundir amizade com amor, não acreditar em tudo que me palpita o coração – porque ele é quem mais se enganou dessa vez.
Talvez tenha mudado uma via dessa postura, dessas atitudes, dessa vontade ou dessa eletricidade toda, mas ainda quero aprender a voar.

Há tanto tempo eu quase nada sabia, e hoje tenho certeza: Não sei ainda, de quase, nem de nada.
Entrei pra uma nova fase a pontapés discretos e silenciosos porque a intenção era não acordar a responsabilidade de enfrentar um olhar triste e um adeus – daqueles de verdade que são para sempre.
Mas eu sempre achei que fosse bobagem acreditar que tudo tinha um sentido e que nunca acabaria, que eu seguiria remando e tentando encher meu coração de alegria. Eu não sabia que poderia encontrar ela em mim mesma, e agora, já é quase meio tarde mas eu estou descobrindo o quanto posso atrair felicidade gostando da minha própria companhia.
Minhas regras são as mais simples agora: Não fazer planos, não pregar os olhos no relógio nos finais de semana ou em feriados e, muito menos nas férias. Não recusar um convite para andar de bicicleta e não esquecer que Deus existe.

Eu estou vazia, mas muito feliz.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dispensa essas vestis amassadas e limpa teus pés antes de entrar pra nova era. Deixa esses rastros de mentiras e enganos descarados do outro lado da linha e do outro lado do rio de lágrimas que caíram descontroladas dos teus olhos tristes.
Volte a ver o bom que há em tudo mesmo que algum sentimento inútil e descartado tenha mudado toda tua forma de correr por essas ruas e respirar suavidade pessoal e espiritual.
Um dia as cores mudam, o cenário velho se desmancha e o coração renasce outra vez.

Um velho aviso do bem estar interior: Volte a ignorar os fatos sujos, assim como as pessoas, assim como as peças, assim como as conversas e assim como os olhares. Volte a ser o frágil veneno, que perde o encanto por acreditar em histórias de amor. E assim, caia de novo! E dessa vez, talvez no lugar certo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Faz parte do meu show


E o medo de sentir o cheiro que me atiça, a vontade de pular em outra história má intencionada só para correr algum risco - principalmente o de dar certo. Fugir daqui e dessa monotonia. Não elogio essa minha coragem, ás vezes me dá medo. Fechar os olhos e seguir de olhos fechados e coração palpitante, mãos frias e imagens armazenadas nessa memória fotográfica infalível. Eu me entrego fácil ao que me faz batucar o peito e até hoje me sinto presa, e nem posso respirar outra vontade. Eu corri outra vez contra a razão e o que sempre me sobra são rascunhos de cartas onde jogo todos meus sentimentos disperdiçados. E nem me serve irritar ou esbravejar com esse velho acorde e soneto enferrujado que eu não solto nem a forças. Muitas vezes corro o risco e não me impeço, me jogo e me quebro inteira. E nada de aprender agora, ainda não deu - talvez precise de uma vida inteira ou uma vida nova, uma nova guia... acho que cheguei sem manual de instruções e quem mais sente falta disso, sou eu mesma. E agora desacredito que o coração me salte outra vez pela boca e eu suspire forte e incontrolável. Me denuncio há consciência limpa e me traio por lembranças. Posso ser fraca e sou forte ao mesmo tempo, mas sempre acabo no mesmo lugar: No meu quarto sem luz e sem vento. Eu não sou inabalável. Eu me derreto, eu me consumo, eu me descubro em poucos segundos e logo esqueço por distração. Conto nos dedos todos os desastrosos tombos decepcionantes e não recuo nem um passo. Eu estou disposta a arriscar se por acaso ver outros olhos brilharem para mim num dia de lua cheia. Se tiver então, o poder me contrair para perto e me segurar com silencio, sem esforço. Só com a força de um olhar sedutor e barato, bem treinado e armado. Desastrosa impensante... O meu céu se fecha quando não me permito ser otimismo. Sinceramente, não gostaria mais de falar sobre o insensato e manipulador do meu coração. Sobre o que ele sente e chora, do que não se deixa descansar... Mas, é isso que me faz levantar, a vontade de encontrar alguma razão sincera não vinda em materialismo ou algo quebrante e sem consistência alguma. Eu ensaio em frente ao espelho e nos bares vazios dessa cidade fantasma. Mas tudo mal. Tudo besta. Mal interpretado. Porque há algum tempo passei a desencontrar a paz desta minha mente egocêntrica. Divirto meu espírito com a ajuda do meu jeito todo temperamental que em oras me faz morrer de rir da minha mais ridícula fantasia. Eu achei lindo o que vivi de ficção e encantador o que mesmo da boca pra fora, me revirava os sentimentos e me deixava inquieta. Mesmo que os olhos desviassem e que o coração fosse coberto de pedras resistentes, eu me perdia e me ajudava a iludir.
Alguém roubou minha fantasia e estranho que, mesmo que antes nada disso fizesse sentido hoje volto para lembrar que era mais encorajadora essa longa trajetória enquanto eu acreditava em final feliz. 

E metade disso é meu teatro mal ensaiado, até porque eu nem gosto de ceninhas bem interpretadas. Deve ter descontração. Nem tudo precisa dar certo... As vezes é preciso improvisar. O que me importa é respirar. E que sejam espinhos, já faço pouco caso disso... Eu já ando bastante esfolada para não acreditar que sou forte o suficiente para continuar sorrindo enquanto faço uso dessa única vida que tenho, antes que as cortinas tomem a liberdade de se fecharem para sempre.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

E o contrário de equilibrar-se, vem aí

Eles dizem que pensamos demais sobre esses sentimentos presos em uma forte respiração, mas é pobre de alma quem só calcula qual será o próximo diamante raro que irá lhe pertencer.

Logo eu, que visitei o teu mundo com a mente só para me apaixonar mais pelo teu universo colorido. Prendi-me um pouco por culpa tua e de resto por minha mesmo. Eu me sufoquei nas tentativas de compreender teu olhar que voava tão longe, e era um tanto indecifrável. Mas quem disse que ainda penso todos os dias em você? Só alguns agora. E isso, acredite que é um grande passo para frente mesmo que eu continue olhando para trás.
Eu resolvi controlar meu interior e os gritos revoltados que meu próprio coração dava quando via um carro igual ao seu passar por essas ruas desertas e ficar imaginando que poderia ser minha outra chance caída do céu, de sorrir para mim e pra você ao mesmo tempo. Ou então, ficar lembrando de quando eu podia tocar sua pele macia e encostar meus lábios nos seus. Hoje eu mal te vejo de longe e isso faz com que esse sentimento se distancie de forma regular, mas ele que ainda, teimoso e incontrolável não se apagou por total. Alguém aqui havia esquecido de avisar que o chão é o lugar mais confiável a quem se apaixona. Que os pés devem ficar bem firmes nele mesmo que o corpo incompreensível tende a subir pra cima em busca de um céu de desejos correspondidos. Ninguém opôs um prazo de validade certa para o dia em que esse ardume no coração mais açucarado iria parar de incomodar. Continua aqui, caminhando e ás vezes parando pelo caminho para juntar pedaços de si que foram arrancados com a mais dolorosa descrença de um amor verdadeiro. Está indo embora e as curvas já se dobram milhões de vezes diante de seus olhos encharcados, e ainda seu corpo mesmo que sem ordens, se curva para trás e nada enxerga além da poeira do seu próprio rastro.
Disseram que o caminho é longo, mas achou que fosse melhor contar todas as gotículas que rolavam por sua face rosada – mas antes mesmo de pensar que talvez se perdesse nas contas, o que de fato aconteceu.

Eles disseram também que viver de saudade é tão insano quanto viver de mentira. Mas esqueceram que quando a saudade é bonita, causa um choque de duas coisas incomuns que se cruzam: tristeza e felicidade juntas ao mesmo tempo.
E mesmo que hoje eu mal lhe veja de longe no real da vida estratégica, nos meus sonhos posso até pegar na sua mão outra vez.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Estou quase voando para outro aconchego

Após escorregar dançante por esse rosto as lágrimas se esparramaram pelo chão. Sair para sorrir amarelo, ficar para liberar o desencanto.
Os pés se cansaram... Está tão longe que já nem posso mais enxergar. Enganei-me com a pior das histórias. Menti para mim, omiti para nada. Vai desvanecer com o tempo a rígida e impertinente saudade fria e congelada.
Aqui há pura sinceridade, meus olhos vêem ao longe um novo começo.
E mesmo com esse coração que está esbugalhado, ainda continuo a acreditar no amor exagerado. Em pedaços de lembranças espalhados em uma carta. Redenção a impulsiva paixão passageira.
Os dias se vestem de saudades... Aqui se revela a parte escura do olhar de quem derramou gotas de desprezo e desilusão um dia. 

Os ventos mudaram de rumo, mas as curvas que levam ao fundo do peito ainda são as mesmas. Ao entardecer, vou vestir um vestido branco o deixá-lo dançar sob os raios de sol. Cadê o início da nova era?
Esperou eu bater a porta, jogar a chave fora... Tirar meus sapatos e me sentir exausta. Mas e daí, se os dias ainda se vestem de saudade?

Mas saiba ilusão: Estou quase voando para outro aconchego.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um sopro nos bons pensamentos

Sempre ao falar ‘’olha que linda está lua!’’ via em seu reflexo aquele sorriso de ponta a ponta. Ela lembra uma história bonita de amor que só existe pra quem sonha e bem sabe imaginar. Quem vê grande importância na mais simples poesia e a quem o canto dos pássaros quando é cedo da manhã não incomoda. Isso permite reconhecer a existência verdadeira de um simples momento feliz. É a época do ano em que eu mais me encontro comigo mesma. Já encontrei uma maneira de descomplicar e esquecer meus exagerados devaneios: Eu vou até a rua para ver a lua! Eu posso sonhar e escutar boas histórias em que o final feliz existe. Posso encontrar vida nas coisas mais pequenas. Posso ignorar a saudade de vez em quando. Fingir não sentir tristeza ao ver um cenário vazio. Acreditar que só vou levar as boas lembranças e que não importa se foi curto o tempo em que o sol ficou por aqui. Eu posso sentir tristeza, ás vezes é preciso se deixar chorar. É a época do ano em que eu mais me encontro comigo mesma, e acredite que estarei um tanto ocupada esperando minhas flores coloridas encantar alguém pela primeira vez. Estou deixando meus rastros por essa estrada. Há algumas gotas de lágrimas que não pude segurar. O silêncio da noite ás vezes me faz lamentar uma fase mal vivida, mas eu to segura agora e certa de que tudo ficará bem. Escreverei um agradecimento as lembranças mais tristes e também as magoas. Eu venho me tornando mais firme e agora já posso outra vez acreditar que nada por aqui é em vão. Mas não esquecerei por isso de sair até a rua para se encontrar com a lua por alguns segundos. E que possa dizer: ‘’Olha que linda está a lua!’’... Mesmo que seja para ninguém mais, além de eu mesma.