quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Agora está tudo bem. Eu já baixei minhas armas e os meus monstros imaginários tiraram férias pela primeira vez. A dica foi minha, porque eu disse que o mar transmite paz!
Fiquei em dúvida se me jogaria para trás ou para frente se estivesse a beira de um penhasco alto e assombrado. É que o mundo está cheio de buracos negros e talvez até fosse melhor parar de respirar.
Mas o azul do céu grita pra mim perguntando onde está minha esperança, e eu abri meus olhos a tempo de ver que ela ainda não morreu.
Na luz de um dia ensolarado e em um gramado enfeitado por folhas secas e amarelas, me sentei e apertei os meus fones de ouvido. Peguei a caneta e tentei escrever o sentido da vida. Não consegui depois de perceber que eu estava com um vazamento nos olhos.
Senti vontade de me atirar para trás, deitar e sonhar... mas o mundo ainda está girando e é preciso ficar acordada.

Eu poderia até ser um inseto para que o medo enorme não coubesse em meu peito. Medo que eu não consigo distrair com programas engraçados de televisão.
Esse jogo não tem escolha, todos precisam jogar. Esse jogo não tem pausa e nem tem como começar do zero.
Ele é cruel as vezes, é ironico, misterioso e cheio de surpresas. Mesmo que eu já tenha feito várias reclamações, ele não muda as regras, me ignora. E nem existe uma maneira de escrever uma carta de reclamação ao fabricante.
Ele é feito de fases boas, fases ruins, problemas, surpresas, problemas e problemas...
Mas mesmo assim, eu sei que amanhã vou ter que levantar do chão porque eu disse que não ia desistir.
Vou de novo unir as minhas forças, pegar as minhas armas e esperar que os monstros voltem. Eles vem com a fase ruim, as supresas desagradaveis e os problemas. E eu pretendo estar bem preparada para cair de novo e levantar com mais força. Pelo menos isso vai se transformando em experiência... mas não de jogo, e sim de vida.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um sonho acordado

Na verdade, não quero me impor um certo limite. Até porque sonhar é permitido e gritar paz aos ventos também. Pensei que as nuvens fossem feitas de algodão, e tive vontade de correr em cima delas com os pés descalços. Sonhei que eu tinha uma única oportunidade de mostrar meus talentos nas mãos, tentei aproveitá-la o máximo que pude, mas não consegui alcançar o meu objetivo. Mas o engraçado é que mesmo em sonho eu não senti vontade de desistir, juntei meus pedaços e voltei para o fim da fila.

Olhei no fundo dos olhos para encontrar a verdade e enxerguei tristeza e esperança. Considerei essa uma pessoa guerreira em quem eu deveria me espelhar.
O ponteiro do relógio continua fazendo voltas rapidamente, e eu aqui pensando se é hora de agir ou de achar um remédio que termine com a minha tristeza.
Pensamentos malucos que pintam qualquer pedaço de papel em poucos segundos.
E hoje, eu senti vontade de ter asas. Eu queria voar para outro mundo, onde tudo fosse menos complicado de se entender.
Ter um sono profundo e longo, conhecer pessoas novas dentro dele e poder contar essa minha curta história. Troquei a capa do meu travesseiro e coloquei um perfume para chamar bons sonhos, mas sei que isso é como esperar a fada do dente que nunca veio e nem vai vir. Mas toda fantasia é válida para quem tem esperança relusindo forte no olhar.

Para contar minha história, eu ocuparia poucas linhas e folhas de um caderno grande. E isso é porque eu tenho uma vida inteira pela frente.
Eu disse a mim mesma que continuaria a sonhar e viver até o meu fim, porque eu quero que o meu sorriso mesmo que seja forçado, seja a felicidade de alguém que me queira bem.