quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Estou quase voando para outro aconchego

Após escorregar dançante por esse rosto as lágrimas se esparramaram pelo chão. Sair para sorrir amarelo, ficar para liberar o desencanto.
Os pés se cansaram... Está tão longe que já nem posso mais enxergar. Enganei-me com a pior das histórias. Menti para mim, omiti para nada. Vai desvanecer com o tempo a rígida e impertinente saudade fria e congelada.
Aqui há pura sinceridade, meus olhos vêem ao longe um novo começo.
E mesmo com esse coração que está esbugalhado, ainda continuo a acreditar no amor exagerado. Em pedaços de lembranças espalhados em uma carta. Redenção a impulsiva paixão passageira.
Os dias se vestem de saudades... Aqui se revela a parte escura do olhar de quem derramou gotas de desprezo e desilusão um dia. 

Os ventos mudaram de rumo, mas as curvas que levam ao fundo do peito ainda são as mesmas. Ao entardecer, vou vestir um vestido branco o deixá-lo dançar sob os raios de sol. Cadê o início da nova era?
Esperou eu bater a porta, jogar a chave fora... Tirar meus sapatos e me sentir exausta. Mas e daí, se os dias ainda se vestem de saudade?

Mas saiba ilusão: Estou quase voando para outro aconchego.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um sopro nos bons pensamentos

Sempre ao falar ‘’olha que linda está lua!’’ via em seu reflexo aquele sorriso de ponta a ponta. Ela lembra uma história bonita de amor que só existe pra quem sonha e bem sabe imaginar. Quem vê grande importância na mais simples poesia e a quem o canto dos pássaros quando é cedo da manhã não incomoda. Isso permite reconhecer a existência verdadeira de um simples momento feliz. É a época do ano em que eu mais me encontro comigo mesma. Já encontrei uma maneira de descomplicar e esquecer meus exagerados devaneios: Eu vou até a rua para ver a lua! Eu posso sonhar e escutar boas histórias em que o final feliz existe. Posso encontrar vida nas coisas mais pequenas. Posso ignorar a saudade de vez em quando. Fingir não sentir tristeza ao ver um cenário vazio. Acreditar que só vou levar as boas lembranças e que não importa se foi curto o tempo em que o sol ficou por aqui. Eu posso sentir tristeza, ás vezes é preciso se deixar chorar. É a época do ano em que eu mais me encontro comigo mesma, e acredite que estarei um tanto ocupada esperando minhas flores coloridas encantar alguém pela primeira vez. Estou deixando meus rastros por essa estrada. Há algumas gotas de lágrimas que não pude segurar. O silêncio da noite ás vezes me faz lamentar uma fase mal vivida, mas eu to segura agora e certa de que tudo ficará bem. Escreverei um agradecimento as lembranças mais tristes e também as magoas. Eu venho me tornando mais firme e agora já posso outra vez acreditar que nada por aqui é em vão. Mas não esquecerei por isso de sair até a rua para se encontrar com a lua por alguns segundos. E que possa dizer: ‘’Olha que linda está a lua!’’... Mesmo que seja para ninguém mais, além de eu mesma.

domingo, 17 de outubro de 2010

Um desejo que exigi liberdade e procura pela paz da mente.
As pessoas são diferentes e não só nas cores em que se vestem. É bem como se diz: Cada um, cada um... Por aqui ou ali, pensando certo ou errado, gostando ou desgostando... Sentir-se vazia não pode ser tão ruim assim. Parece que tudo se despreocupou por aqui, e nada mais importa... Nada. Eu simplesmente sem saber, não queria ouvir tua voz, olhar no fundo dos teus olhos... Não queria... Mas não sabia! Eu devo ter me tornado um poço de pura insensibilidade. Mas nem quis te ver como meu reflexo. Isso parece incompreensível. Mas vai ver é passageiro como um sorriso de verdade. Cantando a que era a música preferida, vou pensando em algum jeito de tentar esconder a saudade de mim mesma. O vento continua levando todas as coisas embora, e tudo já está muito longe do que os olhos podem ver. Mas o coração ainda pode sentir... E nem sei quanto tempo ainda falta pra isso se dar por vencido. Eu agora devo sim ser um poço de pura insensibilidade. Mas quem vê de fora tudo pode pensar... Eu não acreditei que tudo seria fácil como fazer bolinhas de sabão, mas queria voltar no tempo para me alertar de que em breve haveria lembranças encharcadas de saudade. Venho tentando me desenrolar desse nó sem fim porque preciso voltar a pensar com a razão. E não com o coração.